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  • Foto do escritorMUR Uberlândia

Os Anjos (Parte I): Quem são? Qual a sua missão?



Quando crianças, muitos de nós já devemos ter visto aquele típico quadro do anjo da guarda nas paredes das nossas avós, ou mesmo rezado a oração do Santo Anjo ensinada por elas ou nossas mães. Não é incomum que tenhamos aprendido que devemos rezar ao nosso anjo da guarda, para que ele nos proteja e nos livre dos perigos e dos males. E sim, é verdade que nós temos anjos que nos protegem e nos guardam! Mas, afinal, quem são os anjos?

A palavra anjo vem do latim “ângelus” e quer dizer “mensageiro”. Eles são servidores e mensageiros de Deus, seres de puramente espirituais e dotados de inteligência e vontade, além de serem criaturas pessoais – como afirma o papa Paulo VI na Humani Generis – e imortais. O Catecismo da Igreja Católica no parágrafo 330 afirma que sua existência é uma verdade de fé: “(...) O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição.” Sendo seres puramente espirituais deve-se entender que eles não possuem semblante humano e nem asas. A sua representação como conhecemos deve-se ao fato de que a iconografia se encarregou de torna-los sensíveis ao grande público, o que por vezes prejudica o conceito de anjo.

São seres que superam a perfeição de todas as criaturas visíveis como podemos ler no livro de Daniel 10, 6: “Seu corpo era como crisólito: seu rosto brilhava como relâmpago, seus olhos, como tochas ardentes, seus braços e pés tinham o aspecto do bronze polido e sua voz ressoava como rumor de uma multidão.

Desde a criação do mundo eles estão na história da humanidade (Jó 38, 7): fecham o paraíso terrestre (Gn 3, 24); protegem Lot (Gn 19); salvam Agar e seu filho (Gn 21, 17); seguram Abraão pela mão para não imolar Isaac (Gn 22, 11); por seu ministério a Lei é comunicada a Moisés e seu povo (At 7, 53); conduzem o povo de Deus (Ex 23, 20-23); indicam importantes vocações (Jz 6, 11-24; Is 6, 6); auxiliam os profetas (1Rs 19, 5). Por meio de um anjo o nascimento de Sansão foi anunciado (Jz 13); Gabriel instruiu Daniel (8, 16), anunciou o nascimento de São Batista e a encarnação de Jesus (Lc 2, 9). E a mais gloriosa missão dos anjos foi confortar Nosso Senhor Jesus Cristo em sua agonia no Horto das Oliveiras (Lc 22, 43).

Os anjos em toda a Sagrada Escritura cumprem missões diversas, aparecendo várias vezes na vida de Jesus – em sua infância, na tentação do deserto e no Getsêmani –, sendo testemunhas de sua ressurreição. Eles o acompanharam desde sua Encarnação no seio de Maria até a sua Ascensão aos céus.

No livro do Apocalipse, diversas são as passagens em que os anjos de Deus estão presentes. Neste livro em especial, eles aparecem como ministros da liturgia celeste oferecendo a Deus a oração dos justos. Veja Ap 5, 11 e Ap 8, 2-5.

Cada um de nós tem um anjo da guarda, um anjo guardião. As Sagradas Escrituras em várias passagens nos permitem entender essa missão. Em Gn 24, 7, Abraão diz ao seu servo antes que esse fosse buscar uma esposa para Issac: “Ele enviará seu anjo diante de ti”; Judite bendiz o Senhor em êxito: “Viva o Senhor, cujo anjo foi meu guardião” (Jd 13, 20). Veja Gn 16, 6-32; Os 12, 4; 1Re 19, 5; At 12, 7; Sl 33, 8; Mt 18, 10. O Catecismo no parágrafo 336 cita São Basílio quando diz “ninguém poderá negar que cada fiel tem ao seu lado um anjo protetor e pastor para conduzir sua vida.” Neste link, você pode assistir a uma explicação do Padre Paulo Ricardo sobre a missão dos anjos do guarda.

No próximo post da série entenderemos um pouquinho melhor sobre as hierarquias e coros de anjos, bem como sua presença na Liturgia da Igreja. Que o santo anjo da guarda de cada um possa guia-los e defende-los hoje e sempre!


FONTES:


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