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A Igreja matou milhões de pessoas na Inquisição?

Atualizado: 11 de jun. de 2018


Essa é uma das investidas mais comuns que os críticos à Igreja insistem em insinuar contra nós católicos. É bem verdade que é muito ensinado nas escolas e universidades que a Inquisição foi um monstruoso momento da Idade Média. Mas será que a história foi assim mesmo? Já adiantamos: não. A verdade é que a Santa Inquisição foi responsável por poupar muitas vidas. “Oi? Como assim?” Acalme-se nós explicaremos.

Na Idade Média, as heresias eram consideradas como crimes passíveis de punição com a morte, porém, essa era a concepção do poder secular (e não o religioso). Pode parecer estranho, mas é preciso compreender o contexto da época. Não havia Estado com o conceito que atualmente conhecemos e as pessoas faziam justiça como lhes “dava na telha”, acusando pessoas de crimes, prendendo e linchando sem um prévio julgamento.

É importante entender três coisas: primeiro, como o poder era descentralizado, os senhores feudais tinham caminho aberto para que interpretassem as leis da maneira que quisessem. Segundo, a Igreja Católica foi a grande responsável por reunir a Europa após a queda do Império Romano e dessa maneira, para as pessoas, atacar a Igreja era como atacar a própria sociedade, com suas estruturas e valores. Por causa disso, a heresia (negação formal e reiterada de uma ou mais verdades de fé) era vista como um crime terrível que ameaçava a ordem dos reinos. Terceiro, não foi a Igreja que tornou a heresia um crime, mas sim o direito romano do Código de Justiniano.

Tendo entendido esses três fatos, podemos continuar. O conceito de heresia para os senhores feudais era bem distinto para cada um, sendo assim eles acusavam pessoas de heresia à torta e à esquerda, fossem inimigos das autoridades civis, pessoas acusadas por questões políticas, etc. promovendo linchamentos públicos.

Isso só teve fim quando a Igreja reclamou para si o direito exclusivo de julgar supostos hereges, pois apenas os sacerdotes tinham formação teológica para analisar os casos e dar o veredito, de maneiro que acusações falsas eram descartadas. Assim, surgiram os tribunais da Inquisição para que as pessoas tivessem um justo julgamento freando os linchamentos em massa. Sobre a inquisição, Thomas F. Madden, historiador americano, explica que “a Inquisição não nasceu da vontade de esmagar a diversidade ou oprimir o povo, era mais uma tentativa de acabar com as execuções injustas”.

Claro, que houveram exceções, como inquisidores injustos e abusivos, porém, a história joga a favor da Inquisição, apresentando-a como uma grande salvadora de vidas inocentes que teriam sido mortas nos tribunais seculares.

Falando dos cárceres, podemos citar os da Inquisição espanhola: com condições bem mais humanizadas e organizadas que as prisões civis espanholas. Inclusive, não raramente pessoas que cometiam crimes comuns se arriscavam a cometer heresia para que pudessem ser julgados pela inquisição e serem transferidos para os presídios inquisitoriais.

Esperamos que tenha gostado de mais essa postagem do nosso projeto! Que as asas da fé e da razão nos impulsionem cada vez mais em direção a Deus!


FONTE: Alexandre Varela e Viviane Varela, As grandes mentiras sobre a Igreja Católica – Desvende os mitos sobre o catolicismo, 1 ed. São Paulo: Editora Planeta, 2016, pp. 153-155.


OUTRAS FONTES PARA ESTUDO:

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